sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Brisa

Ela hoje não fala, hoje cala,
não ri, não repara, não dança;
Descansa do seu desassossego;
A melancolia não seduz, contagia;
Apaixonou-se por este e por aquele,
agora inala a tristeza imediata;
Inconstante, insatisfeita,
planeia a próxima paixão,
em busca do elo perdido...
Anda absorta, está só,
não compreende, mas sente;
Observo, não falo, me calo,
reparo, ouço...des(espero)...
o regresso da menina que dança,
que canta, e encanta;
Eis que (res)surge, de um sono sedativo,
feito brisa, com seu brilho loiro,
a doçura quotidiana,
que me enche de ternura;
até a próxima fuga para novas aventuras...
Sara Almeida

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