As vezes me pego a pensar em todas as pessoas que já conheci, foram muitas e nem todas sinto prazer de ter conhecido. Algumas poderiam não ter aparecido, mas apareceram e contribuíram para meu crescimento embora por vezes eu não queira aceitar isso. Por outro lado também não sinto orgulho da minha passagem na vida delas, se as coisas correram mal a culpa também foi minha, se uma relação não produz o efeito desejado não é culpa de um só! Uma pessoa muito especial, e por vezes sábia, brinca comigo dizendo sempre: "as histórias têm sempre três lados: o narrador, o outro elemento e a verdade". Não sei se as coisas são sempre desta maneira, mas em muitas circunstâncias sim.
Conseguimos sempre ver a hipocrisia, a mentira, a falsidade, defeitos de todos os tipos nos outros, mas quando é conosco tem sempre um porém, temos sempre um grande motivo nosso para cometermos erros irrefutáveis.
Não é coisa fácil analisar as próprias falhas, tão terríveis que dói mesmo escrevê-las até num diário secreto, é sempre duro admitir as crueldades que somos capazes. Não se assustem, nunca cometi crime algum, são falhas, nada que me deixaria numa cela presa e longe da sociedade, nada que a lei determine ser perigo à sociedade. Na verdade são atitudes tomadas sem serem premeditadas, no calor dos acontecimentos, que depois me envergonha perante todos, e o pior perante eu mesma. Atitudes insanas, que me tocaiam numa prisão pior do que a de uma cela, a prisão da consciência, essa sim que nos machuca e maltrata.
Isso não é uma confissão, longe de mim, para tal teria que citar nomes e fatos, não, não sou capaz! E não pretendo me redimir, essa hipótese no meu ver seria nula. Aliás penso que desculpa não se pede, evita-se.
A verdade é que não existe sentença para crimes sentimentais, se existisse a sociedade talvez fosse um pouco mais amigável, ou não! Eu teria algumas penas para cumprir, mas também teria que processar algumas pessoas.
O que alivia é pensar que apesar de todas as deficiências morais, ainda há pessoas com boas atitudes. Até aquelas mais cenhosas, são sim capazes de um gesto de paz, basta oportunidade.
Eu mesma com todos os erros, vou me perdoando dia a dia, e tentando melhorar sempre. Nem sempre tenho sucesso, mas podem crer, sou incansável a tentar. Não tentaria se não fossem pouco mais de meia dúzia de seres excepcionais que aprendi a amar apesar dos meus defeitos e dos deles também. Penso que a tentativa esforçada de melhorar como ser humano é eficiência moral! Pode parecer mentira mas o errante torna-se perfeito aos olhos do amor, só amando para aceitar a deficiência, seja ela qual for!
Sara Almeida
Conseguimos sempre ver a hipocrisia, a mentira, a falsidade, defeitos de todos os tipos nos outros, mas quando é conosco tem sempre um porém, temos sempre um grande motivo nosso para cometermos erros irrefutáveis.
Não é coisa fácil analisar as próprias falhas, tão terríveis que dói mesmo escrevê-las até num diário secreto, é sempre duro admitir as crueldades que somos capazes. Não se assustem, nunca cometi crime algum, são falhas, nada que me deixaria numa cela presa e longe da sociedade, nada que a lei determine ser perigo à sociedade. Na verdade são atitudes tomadas sem serem premeditadas, no calor dos acontecimentos, que depois me envergonha perante todos, e o pior perante eu mesma. Atitudes insanas, que me tocaiam numa prisão pior do que a de uma cela, a prisão da consciência, essa sim que nos machuca e maltrata.
Isso não é uma confissão, longe de mim, para tal teria que citar nomes e fatos, não, não sou capaz! E não pretendo me redimir, essa hipótese no meu ver seria nula. Aliás penso que desculpa não se pede, evita-se.
A verdade é que não existe sentença para crimes sentimentais, se existisse a sociedade talvez fosse um pouco mais amigável, ou não! Eu teria algumas penas para cumprir, mas também teria que processar algumas pessoas.
O que alivia é pensar que apesar de todas as deficiências morais, ainda há pessoas com boas atitudes. Até aquelas mais cenhosas, são sim capazes de um gesto de paz, basta oportunidade.
Eu mesma com todos os erros, vou me perdoando dia a dia, e tentando melhorar sempre. Nem sempre tenho sucesso, mas podem crer, sou incansável a tentar. Não tentaria se não fossem pouco mais de meia dúzia de seres excepcionais que aprendi a amar apesar dos meus defeitos e dos deles também. Penso que a tentativa esforçada de melhorar como ser humano é eficiência moral! Pode parecer mentira mas o errante torna-se perfeito aos olhos do amor, só amando para aceitar a deficiência, seja ela qual for!
Sara Almeida
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