domingo, 24 de abril de 2011

Dispersão


"Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim."
{Mário de Sá Carneiro}

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Revigorar

Ninguém aprende a viver pela experiência alheia;
a vida seria ainda mais triste se, ao começarmos a viver,
já soubéssemos que viveríamos apenas para renovar
a dor dos que viveram antes.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Céu de Primavera

Em busca das boas lembranças me encontrei naquelas primaveras passadas, onde sol invadia cedo as janelas do quarto.Dormíamos todos, meninas e meninos, naquela mistura que até parecia ser eterna. No fundo sentíamos que os anos passariam num piscar de olhos, e só hoje percebemos isso. Sugamos cada segundo dos dias, desde o nascer do sol delicado da primavera, até o adormecer a olhar para as estrelas. A última a ser fixada seria a estrela a embalar os nossos sonhos infantis. Todas as manhãs, a cada raio de sol que surgia a tocar as cortinas bordadas, a cada cheiro do café, da manteiga derretida no pão quentinho, nesses bons momentos percebíamos que as estrelas que nos enfeitavam as noites com sonhos um dia seriam as mesmas que carregariam nosso corações de saudades. Aquele sol nos banhava de luz, e não existia pressa para nada. As árvores nos abraçavam com suas sombras, e as flores nos alegravam com os melhores perfumes, nossas brigas fraternas eram tão rápidas quanto nossas reconciliações. O importante era não ter pressa para fazer as boas coisas, e as coisas más, bem destas nos livrávamos rapidamente. Era uma sabedoria delicada, uma liberdade aproveitada, foram sentimentos divididos, cicatrizes que não permitíamos ficarem profundas, tipos de ser e sentir que só nós entendíamos, alheios a tudo, num mundo que hoje seria conto infantil. Éramos como uma pulseira de contas, o fio principal se rompeu e as contas se espalharam por um mundo muito diferente daquele, onde o sol de primavera já não nasce quando devia, as flores mudaram de cores, e as árvores que nos abraçavam ficam muito distante de nós. E quando raramente nos vemos nossos corações procuram em vão a corrente, mas nossos olhares ser cruzam e sabem que cada conta foi deixada num rio diferente, ainda levará muito tempo para que todas se encontrem no mar. Nos reencontros poucas são as palavras, por opção, deixamos que as estrelas reinventem os sonhos para que a cada amanhecer o sol possa realizar ou simplesmente saudar. SA

terça-feira, 12 de abril de 2011

E viver dói.

existem lacunas no viver, que a vida nunca será capaz de mostrar a vida é uma preciosidade, mas quando somos presenteados com tamanho tesouro perdemos o equilíbrio assim que percebemos que nossa ela nunca vai ser


e não é saber que ela tem um fim que nos faz enlouquecidos e sim percebermos que talvez nem no fim saberemos dela aquilo que há para entender


SA

domingo, 10 de abril de 2011

Cor-agem

Coragem é levantar da cama todos os dias, mesmo sabendo que seria infinitamente melhor ficar ali.
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