Muitas manhãs preciso voltar a mim mesma, num tempo e espaço diferente dos que tenho aqui.
Aquele tempo que as estrelas cadentes brilhavam bem no momento do pedido como passe de mágica.
Tempo que as nuvens formavam belos desenhos no céu, e a única coisa que sabia delas é que eram idênticas ao algodão doce do parque, por muito tempo ninguém foi capaz de me tirar esta fantasia.
As casas eram cheias, e as mesas tinham sempre bolos, biscoitos feitos naquele mesmo dia. Desse tempo que ficou tão distante, ainda sinto as texturas, as cores, os cheiros e os sabores.
O cheiro das pessoas as vezes é trazido pelo vento e consigo ouvir até a conversa de outrora.
Sou capaz de descrever cada detalhe do que vejo nesse paraíso do passado, há pormenores sentidos aqui dentro, até me lembro como era fechar os olhos ao balançar na rede e ouvir meu coração.
Quando ouvia meu coração daquela maneira, além dos batimentos de um músculo involuntário, não tinha em mim o peso das mágoas, eu voava bem longe sem sair daquele ir e vir do balançar.
Aquele tempo vivia num lugar seguro, um lugar seguro dentro de mim, lugar que há muito me esqueci.
Muitas manhãs preciso reaprender o que fui, pois as vezes pareço saber só o que é estar aqui, sentir o que é daqui. E fico cansada, com vontade de desistir de mim, pois não sou daqui. Sinto um nó em mim.
Fico cansada por que aqui tudo pesa mais, e os sorrisos são raros, os bolos são mofados, e a rede é antiguidade.
Cada vez que volto aquele lugar distante, numa tarde quente, ou numa noite de música, seja lá qual for o cenário me faz mais leve e capaz de misturar a parte boa do que fui com a parte necessária do que sou.
E todos os dias me vejo reaprendendo a ser eu, misturando os sentimento daqui e de lá, e aprendendo a misturar o ser e o estar para novas lembranças formar e novas estrelas apreciar.
Aquele tempo que as estrelas cadentes brilhavam bem no momento do pedido como passe de mágica.
Tempo que as nuvens formavam belos desenhos no céu, e a única coisa que sabia delas é que eram idênticas ao algodão doce do parque, por muito tempo ninguém foi capaz de me tirar esta fantasia.
As casas eram cheias, e as mesas tinham sempre bolos, biscoitos feitos naquele mesmo dia. Desse tempo que ficou tão distante, ainda sinto as texturas, as cores, os cheiros e os sabores.
O cheiro das pessoas as vezes é trazido pelo vento e consigo ouvir até a conversa de outrora.
Sou capaz de descrever cada detalhe do que vejo nesse paraíso do passado, há pormenores sentidos aqui dentro, até me lembro como era fechar os olhos ao balançar na rede e ouvir meu coração.
Quando ouvia meu coração daquela maneira, além dos batimentos de um músculo involuntário, não tinha em mim o peso das mágoas, eu voava bem longe sem sair daquele ir e vir do balançar.
Aquele tempo vivia num lugar seguro, um lugar seguro dentro de mim, lugar que há muito me esqueci.
Muitas manhãs preciso reaprender o que fui, pois as vezes pareço saber só o que é estar aqui, sentir o que é daqui. E fico cansada, com vontade de desistir de mim, pois não sou daqui. Sinto um nó em mim.
Fico cansada por que aqui tudo pesa mais, e os sorrisos são raros, os bolos são mofados, e a rede é antiguidade.
Cada vez que volto aquele lugar distante, numa tarde quente, ou numa noite de música, seja lá qual for o cenário me faz mais leve e capaz de misturar a parte boa do que fui com a parte necessária do que sou.
E todos os dias me vejo reaprendendo a ser eu, misturando os sentimento daqui e de lá, e aprendendo a misturar o ser e o estar para novas lembranças formar e novas estrelas apreciar.
Sara Almeida
...por vezes nos perdemos de Nós e isso dá um nó de sentimentos emaranhados nas lembranças amarrados em Nós. O passado as vezes é tão presente outras vezes é distante e as nuances tomam conta com emoções não esquecidas que vem como ondas e invadem nossos dias...
ResponderEliminarBeijo!
Paz e Luz!
Olá amiga Sara.
ResponderEliminarLembro que aquela antiga "proteção" de quando ainda éramos crianças se esvai conforme os ponteiros do relógio vão se movimentando.
E "tudo" vai para frente impulsionando-nos ao crescimento vivêncial, espiritual, fisíco, psiquico, calejando-nos o coração.
Acredito que as pessoas envelhecem à partir do momento em que começam a ficar cansadas, independentemente da idade fisíca.
As "raízes" que temos são predominantes na configuração do que é "ideal" à cada um viver. As nossas raízes remontam para um passado mais feliz que qualquer um consciênte ou inconscientemente quer manter.
Resgatar aquele sentimento reconfortante, porém concreto guardado nas boas lembranças do nosso passado é como encontrar lugar de descanso singelo da alma sedenta de jubilo e paz.
Paz e Liberdade à ti.