quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Papel Rasgado

Se minha vida pudesse ser descrita num papel
Seria uma cartolina branca, com letras cursivas descaídas
Como se fosse em itálico, prefiro que seja a lápis com ponta bem fina
Para que a letra fique bem delineada, e possa ser apagada de acordo com o erro
As palavras simples e claras para todos entenderem o assunto
Não seria assim um grande tema, talvez algo de uma palavra só
Alguma palavra que me descrevesse, do tipo leve e aberta como ar

Para uns seria um ar puro e sustentável, uma seara em suas vidas
Para outros um ar sujo, poluído e irrespirável, mas continuaria a ser ar
Pois o ar é essencialmente um só, suas mudanças e diferenças dependem
Da região, do clima, e daquilo que as pessoas nele depositam
A característica do ar muda conforme o que lhe é feito
Sua pureza depende de como é tratado
E então a descrição a lápis pode ser apagada a qualquer momento
O ar pode ser limpo também, mas aquela cartolina alva acusará sempre o retoque
O ar uma vez impuro pode alcançar longas distâncias e afetar diversas pessoas
Usem me o quanto podem mas não é para sempre
Eu vejo, absorvo tudo... em cartolina encardida não seria descrita uma segunda vez
Prefiro a descrição a lápis que se apaga, não quero a caneta que borra,
E quando me afetam, se me rasgam viro ar e fujo com o vento

Sara Almeida

3 comentários:

  1. O PODER DE NOSSAS ESCOLHAS.

    Coisas ruins não são o pior que pode nos acontecer. O que de pior pode nos acontecer é NADA.

    Uma vida fácil nada nos ensina. No fim, é o que aprendemos o que importa: o que aprendemos e como nos desenvolvemos.

    Traçamos nossas vidas pelo poder de nossas escolhas. Quando nossas escolhas são feitas passivamente, quando não somos nós mesmos que traçamos nossas vidas, nos sentimos frustrados.

    Uma pequena mudança hoje pode acarretar-nos um amanhã profundamente diferente. São grandes as recompensas para aqueles que têm a coragem de mudar, mas essas recompensas acham-se ocultas pelo tempo.

    Geramos nossos próprios meios. Obtemos exatamente aquilo pelo que lutamos. Somos responsáveis pela vida que nó próprios criamos. Quem terá a culpa, a quem cabe o louvor, senão a nós mesmos? Quem pode mudar nossas vidas, a qualquer tempo, senão nós mesmos?

    Deus sabe que isto é verdade.

    Richard Bach.

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  2. A vida é assim mesmo, por mais que se tente, as marcas que ganhamos ao longo de nosso percurso são indeléveis, ainda que estas sejam feitas a lápis.

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  3. Quanta riqueza metafórica, cara amiga! Seus textos são do jeito que mais gosto: repleto de conotações, analogias. É preciso muita inteligência para tal. Lê-la é como desenhar imagens leves e coloridas em minha mente. Parabéns! Beijos!

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