segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

era luz, não estrela

poderias ser uma grande personagem. mais uma personagem em minha vida. só mais uma e talvez de uma importância extrema e pura. a personagem só existe para servir a história que se quer contar. mas para mim uma nova personagem serve para sinalizar minha caminhada, como uma ave nova a equilibrar a formação, para acrescentar a busca pelas boas coisas da vida.
mas nem para isso serves. não contas em minha vida. talvez em minha vida não vale a pena seres descrita. não respeitas-te meu direito de ser eu, de ser diferente da maioria, nunca respeitas-te o modo como enxergo demais, como penso demais, e como sou de menos. foste só mais uma das muitas iguais a você, e és menos uma daquelas que não respeita meu modo de ser. sou apenas mais uma, apenas uma pequena fagulha, e percebi tudo desde o inicio. este é único momento que estas presente nas minhas entrelinhas. daqui para frente serás apenas um modelo a não seguir. existe muitos personagens além de ti, existem estrelas. eras luz, e se apagou. daqui para frente não escrevo sobre ti.

Sara Almeida

3 comentários:

  1. Olá...

    Eu estava de passagem e notei conteúdo no texto que postaste. Já me disseram que se há um papel difícil de ser feito, é o papel de nós mesmos.

    Cada um representa um personagem de si mesmo, e não há como desvencilharmos de fazermos o nosso papel, quando é necessário ocupar um espaço dentro da sociedade em que vivemos, e assim somos vistos sem escapatória pelos que estão do lado de fora.

    Eu tenho um tio que nunca desejou ser personagem de nada, desejava em seu intimo ser uma pessoa constantemente neutra, e um dia teve que viajar para a cidade de Florianópolis, e dizem que ninguém vai a Florianópolis sem ganhar um apelido.

    Mas, o meu tio estava empenhado em quebrar essa tradição. Ele apostou com um amigo que ficaria na cidade por uma semana sem levar apelido de ninguém.

    Chegou de madrugada a um hotel em frente à praça principal e instalou-se no último andar.

    Pediu que deixassem suas refeições na porta do quarto para evitar contato com algum metido a engraçadinho.

    Curioso, de hora em hora, espiava a praça, levantando uma veneziana e fechando-a em seguida.

    Passada a semana, ele desceu a praça e sentou-se numa cadeira de engraxate, pois não queria voltar com os sapatos sujos.

    Quando o engraxate, sorridente, disse:
    - Vai graxa ou tinta, seu cuco?


    ps. Veja que fica muito difícil não ser vista a maneira de ser de cada um, entretanto tudo é temporal, como é própria existência humana.

    Bjo.

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  2. Que a luz que se apagou tenha a força de uma nova na sua história ao olhar para trás.

    Sigo passando.

    Vale!

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  3. Nossa, Sarinha... Forte. Impactante. Não faço idéia de quem seja a falsa estrela, mas aprendi certa vez que algumas - vistas daqui da terra - são planetas que já explodiram ou algo assim. Incrível, né? Tão belas de longe... e são apenas fagulhas de algo que há séculos deixou de existir.
    Ei! Mas eu acredito que, por aí, existem muitas estrelas verdadeiras. Elas são mais raras, tem que procurar com calma, mas existem. :)
    Beijinhos escarlates, com muito carinho!

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