Sou depois da raiva contida, depois de esquecido e não desculpado.
Sou aquela palavra que não pode ser dita, aquela palavra que dói antes mesmo de ser ouvida.
Sou real nos meus pensamentos, real até mesmo quando invento.
Sou a parte cansativa da vida, parte da verdade que causa ferida.
Sou metade do que posso, metade daquilo que sonho.
Sou feita de vidro sólido, feita daquilo que corta.
Sou capaz de recomeçar, capaz de tomar nova forma.
Sou agora apenas o volume surdo que minha voz alcança, depois não sei, depois minha voz cala, e volto a me perder noutro som qualquer.
Sou apenas uma mulher que insiste em tentar encontrar o som, a voz, um raio de luz, e talvez fazer parte desta mistura.
Sou por vezes uma sombra sem luz, que não (des)cansa.
Sara Almeida
Meu Deus... Que texto maravilhoso querida Sarita, as tuas palavras envolvem duma forma que não consigo explicar, são como flechas embebidas em mel que vão directo ao coração. AQUELE BEIJINHO SEMPRE TÃO ESPECIAL QUE TE ACOMPANHA TODOSOSDIAS E QUE CONHECES TÃO BEM.
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