Minha fala não interessa…meu sorriso não brilha…não tenho sequer beleza…nada do que há em mim remete sentimentos desconcertantes, nada tenho…mas minha alma pulsa, cada vez que as palavras se agrupam em meus pensamentos, ali nasce um sonho meu e aí não me interessa nada que pensem de mim, não me interessa o que o espelho conta, meus pés tomam caminhos próprios e eu realizo, eu falo, eu giro…cada vez que matam um pedacinho de mim, minha alma adormece até que volte a ter o poder e transformá-lo em palavras, e assim nunca morro, embora tentem me esmagar só fico mais forte, bem grande, e flutuo no meu caminhar leve e pensamentos pulsantes, tudo sou…sou assim mais forte que penso, mais leve que sonho!
Sara Almeida
Sara Almeida
Oi Sara,
ResponderEliminarJá faz um bom tempo que tenho visto que o maior problema nosso é a falta que vida que há justamente nos outros.
A luz da vida não tem brilhado nas pessoas posto que um desencanto total para com a vida tem se instalado no pessimismo insano do coletivo.
Há muita gente andando morta e passando à todo momento perto apenas para saquear um pingo a mais de vida que nota ter o outro.
É bem por esse motivo que "...embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu". (Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo).
Seria muito bom que inventassem um antidoto ou quem sabe uma vacina que pudesse imunizar quem não quer se contaminar com a morte dos outros, mas o grande problema é que trata-se de um mal que entra através dos ouvidos, por sair através da boca de quem não tem indícios de morto num primeiro contato.
É devido a complicações como esta que tenho uma admiração muito grande por Sócrates. Na Grécia Antiga, Sócrates detinha um alto conceito, e era muito estimado pelo seu elevado conhecimento.
Um dia, um conhecido do grande filósofo aproximou-se dele e disse:
- Sócrates, sabe o que eu acabei de ouvir acerca daquele teu amigo?
Então, Sócrates respondeu:
- Espere um momento. Antes que me digas alguma coisa, gostaria de te fazer um teste. Chama-se o "Teste do Filtro Triplo".
- O que e isso, Sócrates?
- Antes que me fales do meu amigo, talvez fosse uma boa idéia parar um momento e filtrar muito bem aquilo que vais dizer. A isso chamo de Filtro Triplo.
E continuou: - O primeiro filtro é a VERDADE. Tens a certeza absoluta de que aquilo que me vais dizer é perfeitamente verdadeiro?
O homem, balbuciante, respondeu:
- Não; o que acontece é que eu ouvi dizer que...
E Sócrates fuzilou:
- Bem, se é assim, não sabes se é VERDADE. Passemos então ao segundo filtro, que é a BONDADE. Responda-me agora: o que me vais dizer sobre o meu amigo é algo bom?
- Não, muito pelo contrário...
- Então, queres dizer-me algo mau sobre ele e, ainda por cima, nem sabes se é ou não verdadeiro. Mas, bem, pode ser que ainda passes pelo terceiro filtro, que é a UTILIDADE. Por isso, me esclareça: O que me vais dizer sobre o meu amigo será útil para mim?
- Não, acho que não...
E assim Sócrates concluiu: - Bem, se o que me dirás não é nem bom, nem útil e muito menos verdadeiro, para que dizer-me?
As vezes a sensatez falta na mentalidade de gente inconsequente que nunca consegue medir a extenção das palavras que solta pela boca afora.
Cabe a quem tem força e paciência querer filtrar aquilo que ouve quando se encontra na coletividade, ou fazer como eu, que se "retirou" para um paraíso isolado qualquer no intuito de despoluir meus ouvidos.
Mas contudo que fiz, pode acreditar que ainda há muita merda dentro deles. E mais, apesar de tudo o mundo é maravilhoso -disso tenho certeza-, o problema são as pessoas que tentam fazer deste paraíso um lugar podre de se querer viver bem.
Você não só tem, como É muito mais do que podes imaginar, Sarinha! Beijos escarlates pra vc! :**
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