desatinados ao meio da multidão, enraizados em solidão
não olhamos para ninguém, não olhamos por ninguém
juntos algumas vezes nos sentimos desacompanhados
simplesmente porque sintonizar com todo o resto requer ceder parte de nós mesmos
e por mais que tentamos chega sempre aquele momento de ficar quieto e observar
quieto e calar, mas isso nada tem a ver com amor ou desamor
intimamente solitários, somos seres contraditórios também
vivemos arduamente para multiplicar-nos em todos os sentidos
em ter mais, sonhar mais, viver mais
quando na verdade se nos empenharmos em dividir
estaremos certamente a multiplicar
SA
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