sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pequena fortuna

...que culpa tenho eu se as migalhas de felicidades se amontoam a minha volta,
as migalhas todas juntas se tornam uma pequena fortuna,
e meu sorriso fica assim solto e largo, como se tivesse acabado de descobrir onde acaba o arco-íris
que culpa tenho eu de capturar toda a cor e renovar meu amor nos dias nublados com os carinhos por mim colecionados
é real para mim, é leve quase que flutua, mas o segredo é conseguir manter os pés no chão
é difícil sobreviver as tempestades, só fica possível se sentirmos apenas uma gota d'água de cada vez
no amor é um beijo de cada vez, o carinho certo no momento incerto
no escuro conseguimos seguir equilibrados, se nos mantermos atentos a relembrar os obstáculos
sempre conseguimos chegar onde já estivemos uma vez, ainda que pensamos já ter esquecido
existe em um cantinho de nós a bússola da felicidade, ela é repleta de itinerários que nos conduz ao lado claro de nós
que culpa tenho e se não me culpo, se minha raiva tem a pequena duração de 5 minutos e minha alegria de 5 horas...
só posso responder por mim, persistir no bem estar dos vestígios da criatura em mim que gosta do que é claro, cristalino e verdadeiro
por que em mim também tem um ser obscuro que se afasta da luz,
não se pode permitir ir para muito distante do sol, ou das cores do arco-íris, e então o fim será um buraco negro daqueles que sugam toda força, até nos transformar em criaturas vazias
de vazio na vida já basta a dor
não quero ver a dor de ninguém, não quero ver dor em ninguém
por isso em mim o amor não tem desperdício, é mesmo um vicio e as vezes artifício...
o meu pequeno truque é não imaginar o que virá a seguir, afinal a vida tem que ter magia e não adivinhação!!!
SA

3 comentários:

  1. Impressionante. Como orienta o poeta Manoel de Barros, cada um de nós precisa tocar sua própria existência ao menos uma vez por dia. Tu o fizeste de forma fantástica aqui. Parabéns!

    Bjs!

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  2. Bom dia Sara...

    Acredito que na corrida do dia-à-dia, e devido as tribulações cotidianas, não sobra tempo para meditarmos sobre certas coisas que passam desapercebidas pela vida das pessoas.

    Nesse aspecto, considero-me privilegiado, pelo tempo que tenho disponível dedicado a meditação filosófica de vários assuntos. E um deles lembrei-me agora, após lida a essência contida no seu texto.

    Existe uma diferença entre "QUERER" ser feliz, e "PRECISAR" ser. Precisar, concorre para a necessidade de ser, enquanto querer é a manutenção que se faz presente...

    Quem precisa, sabe exatamente o que está lhe faltando, para ser feliz, enquanto quem quer mais aguarda. Quem precisa, está bem mais necessitado do que quem só aguarda, e corre atrás, mesmo que as vezes seja necessário arrastar-se para ter.

    O que estou espondo aqui neste seu espaço, não está escrito em livro nenhum que tenha sido publicado, e sei que através das minhas palavras você já está sabendo em qual dos casos se encaixa.

    Um bom fim de semana!

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  3. Voltei, depois de um tempo longe de tudo. E voltei recolhendo migalhas. Que bom que as encontrei também por aqui.
    Dále.
    Abs

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