sexta-feira, 28 de agosto de 2015

calmaria

ainda dá tempo de passear no parque, comer algodão doce, maçã do amor, churros e pipoca doce
existe ainda roda gigante, carrossel, carrinho de corrida e montanha russa
ainda tem flores na primavera, mar quentinho no verão, folhas secas no outono e abraços quentes no inverno
coisas simples ainda valem a pena, abraços fortes, beijos doces, sorrisos largos, boa música, dias de chuva, sussurros ao pé do ouvido e raios de sol a entrar pela cortina
simples presentes que não se compram, coisas que só a experiência de viver pode proporcionar, e só alguém com uma sensibilidade quase inocente é capaz de identificar como sendo a maior riqueza da vida
a tempestade foi embora, goze da calmaria merecida
agora mais do que nunca o simples é o mais importante, então simplesmente importe-se, exporte-se, comporte-se, por si mesmo, consigo mesmo e para si mesmo...

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Resgat(ar)

Pensamos que mudamos muito, até nos depararmos com as mesmas velhas situações, e nos vermos completamente fracos outra vez, e então o que significa aquela tal experiência, aprender com os erros e blá, blá, blá ?!
Analisando bem tudo se trata de conhecermos nós mesmos e descobrir os nossos limites, isso não quer dizer que não vamos errar mais, nos enganar mais, ou mesmo nos magoar mais, não é nada disso, quer dizer que cada vez que nos sentirmos mal outra vez sempre nos recuperamos melhor, e sim ficamos mais fortes, pode não parecer mas ficamos.
O importante é conhecer a nós mesmos intimamente, ao invés de querer decodificar o outro, deixa o outro, deixa os outros, vamos nos apoiar em nós mesmos, assim cada vez que o outro não servir mais para estar conosco, basta nos vestirmos de nós mesmos, e resgatar aquilo tudo que realmente somos. O melhor deste resgaste é que cada outro que sai de nós a gente muda um pouco, e é bom nos vermos em um novo prisma. 
Isso tudo não significa felicidade plena de maneira nenhuma, muito pelo contrário, no meio desses erros e acertos, encontros e desencontros o que fica é a certeza de que felicidade plena não existe. O que existe mesmo é a felicidade de ser quem se é, de sugar da vida o seu máximo, de curtir cada momento com total entrega. E isso, meus amigos, isso sei fazer muito bem, sofro como uma condenada a morte, enquanto não secar cada dor não deixo de me doer, mas quando é para ser feliz, aí sim minha entrega é total, aí sim a plenitude existe!
E nesse novo olhar sobre o mundo, sobre as coisas, sobre as pessoas e sobre nós mesmos que fique a certeza de quem entrar seja bem vindo, mas não tem contrato vitalício, só fica quem realmente deseja e merece. Afinal o que ouço e acho bem verdade é que sentimento bonito é o correspondido.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

!


Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.

Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.

Viver é não conseguir.

Fernando Pessoa, 14-06-1932

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

...

"(...) Eu acho que esse é o ridículo da vida, nunca saber a dimensão do espaço que a gente ocupa na vida dos outros, porque ninguém conta pra gente. Com medo de a gente fugir. E, ás vezes, a gente só quer, tanto, ficar. Tudo isso porque, em alguma esquina do caminho, a gente aprende, com a dor, que falar o que sente pode não ser a opção mais inteligente. E, a partir de então, a gente acaba meio burro. Empacado, batendo pé e cabeça. Complicando e dificultando o que já não é simples por natureza. Querendo dominar o que sente, o que o outro pensa, o que o destino planejou. Não é de hoje que o homem tem essa mania besta de entender e controlar o mundo. A gente acaba esquecendo que, na vida, o bom mesmo é se entregar. A gente sempre fica de marcar qualquer coisa e nunca marca, então vamos fazer melhor! Vamos fazer uma história e marcar duas vidas. Tô pronta. Passa aqui pra me buscar?"
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